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quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

..:: O ASSUNTO É AUDIO HI FI ::..

..:: O ASSUNTO DE MATUTO É AUDIO HI FI ::..

SSB Hi-Fi - Alta Fidelidade em SSB - SSB Hi-Fi Tx

Montagem e Ajuste do Áudio de Transmissão


Esta página foi projetada e elaborada para orientar você leitor sobre os vários aspectos diferentes de montar sua transmissão de áudio de Alta Fidelidade em SSB. Tratamos aqui sobre a devida ordenação de montagem dos componentes e suas regulagens individuais e necessárias, afim de possamos alcançar aquele Áudio de SSB Hi-Fi, ou seja,  Alta Fidelidade em SSB, aquela transmissão macia ( plus ! ) que você escutou em transmissões de outros colegas e está buscando de fato, e isto nada mais é do que o aprimoramento, clareza e fidelidade de sua transmissão também.

Em primeiro lugar caro amigo, deixe-me explicar-lhe as coisas diretamente:  o fato é o seguinte, se você está procurando algo próximo e bem próximo à qualidade extrema difundida de áudio para as suas  transmissões em SSB, esta página foi de fato projetada e elaborada para você, boa leitura e diversão ; porém, se você estiver procurando qualquer outra coisa, eu sugestiono a procura e verificação fora desta página, pois esta página é específica para aquilo que dispõe, ou seja, Alta Fidelidade para as transmissões em SSB.     

Pois bem, podemos chamar de áudio difundido, aquele áudio que por natureza possui a propriedade do som mais aberto, mais agradável e muito mais largo do que o SSB Amador típico, estes aos quais nossas estações emitem no éter com pouca ênfase nas freqüências de midrange superiores de 1kHz à 3kHz. Esta idéia que os fabricantes tem a este respeito é de uma transmissão com " o mais aplainada, a melhor transmissão de áudio, porém, esta transmissão é um tanto quanto simples ", ok.

O típico áudio de SSB ( simples ) de nossas transmissões diárias, possui uma característica de midrange muito enfatizada, isto se dá através de desígnio ( combinação ), especialmente das freqüências entre os 400Hz à 1kHz. Outro característica percebida com este tipo de emissão áudio é que este fica trabalhando por baixo, ou seja, de fundo principalmente nas freqüências de 300Hz, é como se estivesse transmitindo em uma apertada caixa sobre a freqüência de 2.5kHz ; enquanto este tipo de áudio foi aceitado e produzido durante muito tempo, possuindo características de punchy e penetração, porém, de fato consideradas como comunicações fracas, podemos afirmar sem medo de errar que aquele que se encontra na escuta ( do outro lado ) de tais transmissões, pode estar se cansando de escuta-las depois de um determinado tempo, havendo de fato um desgaste físico, uma certa irritação por parte do ouvinte.

Quando alguns de nós da comunidade rádio-amadoristica resolvemos abraçar o SSB, notamos e nos deparamos com a largura da banda de transmissão muito estreita, mas mesmo assim nestas condições de transmissões pobres trabalhamos até que bem, fazendo lembrar que como sempre o amador e seus propósitos sempre São de fato levados a segundo plano, ou seja, quase que sempre abandonados. Felizmente, para nós que amamos o som mais largo e mais agradável e macio ( plus ! ), restou-nos apenas correr atrás do prejuízo e fazer com que houvesse de fato um ressurgimento para aquela modulação de Altíssima Qualidade " Hi-Fi " no único domínio de cobertura de banda ( side-band ), enquanto ainda infelizmente permanece relativamente estreita a banda quando em contrapartida comparado à nossa rádio-emissão Hi-Fi em SSB.

Saiba você radioamador, que as larguras da banda de SSB podem variar, dependendo é claro do transceptor que for utilizado para tanto. Como mínimo para nossas transmissões em SSB, eu recomendo a você adquirir um transceptor que está apto e pelo menos capaz de trabalhar com o filtro da banda passante na transmissão para o SSB de 3kHz, em primeiro lugar e antes de mais nada.

* ATENÇÃO:  se seu transceptor NÃO pode exceder 3kHz para transmitir em SSB, então esqueça... ! Você não terá a largura da banda necessária para produzir o efeito acústico a qual enfatizamos e difundimos.

Observe bem, eu não estou dizendo que qualquer transmissão que se utiliza de filtro de banda passante inferior ( MENOR ) que 3kHz soará ruim, porém, eu só estou tentando mostrar que não soará nem remotamente perto do que é difundido e como soa as transmissões com o filtro da banda passante de 3kHz, e além disso, parece ser a divisão de linha entre soar " Enlatado " e soar  " Aberto ". Se você alguma vez escutou difusões de estações de rádio, você provavelmente notou que os engenheiros de som se preocuparam em fazer com que os seus locutores soassem com uma transmissão muito rica e poderosa. Várias vezes eu escutei locutores femininas cuidadosamente e notei que estas soam uma transmissão muito rica e cheia do que dos locutores masculinos, certamente nada igual as suas locuções pessoais, como ? ... por que ? - obviamente a resposta é que os engenheiros de som sabem como produzir uma transmissão perfeita, cheia e poderosa para cativar seu ouvintes, estratégia puramente comercial, tanto para locutores masculinos ou femininos e aquilo a que estes se dispõe em suas narrativas.

Assim, embora uma reprodução perfeita de nossas vozes fosse ideal, isto não vai acontecer por causa de nossa largura da banda limitada. Ao invés disto, nós poderemos fazer é manipular o áudio de tal modo que este mantenha rádio-difusões ricas, cheias e poderosas, e é o que faremos à seguir, ok.

Vamos dar uma boa olhada no gráfico de análise de espectro auditivo difundido. O que você vê abaixo neste gráfico, nada mais é do que uma transmissão típica de um sinal captado de uma estação que operava em SSB e resolvemos aqui ilustrar e demonstrar.

GRÁFICO 1 


Como você bem pode observar, o sinal de SSB típico é muito estreito, isto se dá através de suas combinações de freqüências e do filtro de banda passante, infelizmente esta transmissão soa uma transmissão muito " Enlatada " como bem demonstrou o GRÁFICO 1.

Por outro lado, observe agora em outra estação amadora sua Transmissão de SSB Hi-Fi, que beleza de trabalho e processamento na sua perfeita combinação de ajuste de freqüências e filtro largo de banda passante em sua rádio-emissão.

GRÁFICO 2


De fato comprovado, esta estação soou excelente qualidade e Alta Fidelidade em SSB. Temos a impressão que a transmissão ora difundida utiliza-se de uma largura de banda cheia de aproximadamente 6kHz. Na realidade a emissão desta estação amadora era de aproximadamente 4.4kHz, difundindo de fato o agradável efeito por nós procurado que nada mais é do que a Alta Fidelidade nas transmissões de SSB, muito similar a de uma broadcasting.

Mais o que mais nos importa narrar é que a transmissão desta estação amadora a qual se refere o GRÁFICO 2, estava limpa com total supressão de portadoras excelente e extremamente baixo o nível de intensidade de ruídos. Isto na verdade contribui para a menor largura da banda global que algumas estações que utilizam-se de filtro de 2.4kHz na largura da banda em suas simples transmissões, sendo que podemos até mesmo fazer uma abertura na largura de banda de até em alguns casos de 10 kHz de largura.


Assim como nós melhoramos nosso áudio do GRÁFICO 1 para o GRÁFICO 2, aprofunde-se no assunto e continue sua leitura, ok.


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1º. Escolhendo e Selecionando um Transceptor Adequado

De todos os equipamentos em seu conjunto auditivo, este aqui sem dúvidas é o fundamental. Falamos aqui em especial do transceptor que será de fato o " Gargalo da Garrafa ", decidindo quais informações serão transmitidas no final das contas. A velha declaração vai assim: " Seu Testamento Auditivo Final Será o Som Tão Bom Quanto à Ligação Mais Fraca em Seu Sistema Auditivo " ;  Aquela " Ligação Mais Fraca "  será o seu transceptor. Listado abaixo você terá minhas recomendações para transceptores acionários que podem fazer um trabalho excelentemente agradável e perfeito, aqui vão eles, observe-os com atenção:

Kenwood TS-950SDX

Kenwood TS-870S

Yaesu FT-1000 MP

Icom IC-756 Pro

Ten-Tec Júpiter 538

Claro que existem muitos outros transceptores capazes de transmitir no ar nosso Áudio de Alta Fidelidade para o SSB, sendo esta transmissão notadamente emitida com um áudio limpo e cheio ( plus ! ), mas os equipamentos supracitados, encontram-se originalmente de fábrica produzidos e prontos para o nosso uso em nossas transmissões de SSB Hi-Fi Alta Fidelidade em SSB, sem é claro de que  haja à necessidade de modificações, necessidades estas que outros equipamentos disponíveis no mercado requerem  para este fim.

Os equipamentos da Kenwood, aos quais mencionei, sem dúvida são meus favoritos e os que utilizo em minha estação amadora, sendo estes capazes de conseguir respostas mais largas do que outros equipamentos disponíveis no mercado, pois possuem recursos para transmissão com a utilização de filtro mais largo de banda passante, exatamente a largura de banda que nossas transmissões necessitam, porém, tenho a obrigação de citar e também não poderia omitir pois tive a oportunidade de ouvir a transmissão do Yaesu 1000MP, Kachina, Ten-Tec DezTech 538 e do Icom 756 Pro e tenho que admitir que estes equipamentos tem a capacidade de produzir um som muito agradável quando corretamente ajustados.

* ATENÇÃO:  novamente lhes digo sem medo de errar, à chave é montar ou modificar qualquer rádio que você possa estar usando e queira assim usar, de forma que este transmissor, modificado ou não, possa cobrir uns 3kHz no mínimo de banda passante em suas  transmissões, para que possa por fim produzir o efeito desejado, efeito este que nada mais é do que o SSB Hi-Fi Alta Fidelidade em SSB.

Um bom exemplo do item acima mencionado no tocante ao que se refere modificações de transceptores, é o áudio produzido por um colega norte-americano de prefixo KA0KA - Tyler com o uso de seu Kenwood TS-820S. O que Tyler fez foi substituir o seu filtro de 2.4kHz 8.83 mHz IF acionário por um filtro mais largo de aproximadamente 4kHz de banda passante para suas transmissões, e em seguida alimentou diretamente no modulador balanceado de seu transceptor todo a sua saída de áudio Hi-Fi já devidamente ajustada e nivelada por fim.

O resultando de -6dB ( menos ) no áudio de SSB não processado, pôde gerar a difusão e resposta da cobertura de freqüências entre 70Hz à 4.5kHz emitidas. Com o auxílio de um equalizador externo, Tyler pode produzir e emitir esta largura da banda muito apertada porém soando uma transmissão natural e de ótima qualidade. O gráfico abaixo, representa a modulação final de Alta Fidelidade em SSB difundida por Tyler, depois é  claro que da utilização das devidas modificações, equipamentos e ajustes finais.

FIGURA 07


everia ser possível executar estas modificações para a maioria dos transceptores analógicos com mudanças de filtros semelhantes e um Alimento do Modulador Equilibrado, obviamente para que pudessem produzir resultados semelhantes aos de Tyler. Meus caros, vale lembrar que tudo depende da largura da banda do filtro que seu transceptor utiliza e o devido alinhamento, ajuste e montagem de todo conjunto.

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2º. Ordenação e Ligação dos Componentes Auditivos

A ordenação dos componentes auditivos é muito importante.
Primeiramente indicarei a ordenação da montagem, e em seguida explicarei o por que.


em primeiro lugar, o microfone ;
em segundo lugar, o pré-amplificador de microfone ;
em terceiro lugar, o equalizador paramétrico ou analógico ;
em quarto lugar, o compressor de áudio ;
em quinto lugar, o processador de efeitos sonoros ;
em sexto e último lugar, o transmissor.

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2º.1.  Microfone

Este deverá ser o primeiro por razões óbvias, necessitamos de uma ótima captação dos sons para que a posterior possamos ajustá-las com o auxílio dos equipamentos abaixo expressos, onde por fim poderemos de fato difundi-las ao (éter) ar através de nossas transmissões de Altíssima Fidelidade.


2º.2.  Pré-amplificador de Microfone

A colocação do pré-amplificador de microfone também é bastante óbvia, uma vez que os sinais de áudio captados e reproduzidos pelo microfone necessitam ser ampliados e nivelados a uma escala de 0 dB antes de que possam ser ajustados e rebalanceadas suas freqüências de trabalho com a contribuição e auxílio de um dispositivo denominado de equalizador, sem falar é claro nos compressores de áudio que requerem níveis de áudio bastante altos para que possa comprimi-los corretamente.

Embora um equalizador possa ser alimentado com um sinal de microfone não amplificado diretamente sem o uso do pré-amplificador de microfone, este sinal poderia gerar ruídos e barulhos, então tal relação sofreria substancialmente, onde também os ajustes internos dos equalizadores não conseguiriam trabalhar fugindo de fato de suas especificações cuidadosamente projetadas por seus engenheiro e respectivos fabricantes.

Também, se você estiver usando um microfone do tipo condensador, requererá o uso da tecla phanton " Poder Fantasma " que gera normalmente 48 volts para alimentar os transistores do microfone, em particular  me utilizo deste recurso especificamente para alimentar meu microfone, ok.

2º.3.  O Equalizador de Áudio

Esta seria minha escolha para a colocação do próximo componente, onde suas razões resumisse no artigo abaixo escrito, leia com atenção:

(2º.3.a)
Se o equalizador fosse colocado DEPOIS do compressor, a alta energia do rebalanceamento de freqüências devidamente retrabalhadas e corrigidas pelo equalizador poderia ocasionar em distorção do áudio produzido, e mais, o compressor não conseguiria enxergar esta série de distorções no áudio e o resultado por conseqüência disto seria repassado à frente até o transmissor, ocasionando péssima qualidade em nossas rádio-difusões, deixando de fato o nosso trabalho falhas muito grandes, pode acreditar.

( 2º.3.b)
Com o equalizador ANTES do compressor de áudio, nós podemos cortar freqüências médias ( midrange ) e influenciar a ação de ajuste das freqüências altas ( agudas ) antes mesmo destas serem comprimidas através do compressor de áudio, porém, se o compressor após seu trabalho possuir filtro de corte para freqüências baixas embutido a ponto de previr o excesso dos graves, nós teremos uma solução elegante onde poderemos ajustar o compressor de forma que somente as freqüências altas sejam limitadas agressivamente, enquanto às freqüências baixas e médias serão comprimidas de modo conservador.



2º.4.  Compressor de Áudio

Note que eu tenho o Compressor de Áudio ligado ANTES da Câmara de Processamento de Efeitos Sonoros. A razão para esta ligação se dá, porque a maioria dos compressores no mercado nos dias atuais possuem portões de barulho embutidos ( filtro anti-ruído ). Na realidade, a maioria dos compressores de áudio tem três processadores embutidos, extraordinariamente na ordem em que seguem abaixo expressos:

Portão de Barulho /Compressor /Limitador de Pico ( cume )

Um portão de barulho colocado DEPOIS de um processador de efeitos, destruiria os efeitos formando uma fileira contínua de cortes e intercortes no seu áudio. Por este motivo, nós queremos e necessitamos por produzir o " GATING " ANTES dos efeitos sonoros, de forma que quando o portão fechar, os efeitos ainda se farão presentes até o seu término, desde que, é claro, você mantenha o Interruptor do PTT acionado e que esta transmissão não seja cortada repentinamente ou prematuramente por você, ou seja, desde que até o fim da conclusão dos efeitos você não interrompa sua rádio-emissão. Se acaso você estiver usando separadamente um equipamento de Portão de Barulho, eu recomendaria que este fosse colocado e ligado corretamente depois do pré-amplificador de microfone, porém se você não quiser gastar o dinheiro extra em um portão de barulho separado, faça o uso destes já devidamente construídos em compressores que se encontram no mercado a sua disposição, pois este realizam um trabalho adequado e excelente.



2º.5.  Processador de Efeitos Sonoros

Normalmente, você quer o processador de efeitos sonoros como o último colocado em sua montagem de áudio, e sendo assim, o processador de efeitos sonoros será o último equipamento instalado na lista dos equipamentos de áudio que você possui, não duvide disto. Isto fará com que seja inserido ao seu áudio um polimento final para a emissão de sua transmissão, como um efeito de quarto virtual, ou talvez alguns que chapeiam ou utilizem-se de uma reverberação moderada, isto ficará ao gosto de cada usuário em especial. Vale lembrar que o processador de efeitos não somará ou subtrairá notoriamente qualquer conteúdo de freqüência trabalhada e ajustada por você, o sinal já processado será mantido fiel e correto para a transmissão final emitida pelo seu transmissor, incrementando conjuntamente em sua rádio-emissão somente aquele determinado efeito previamente escolhido por você e a qual você fará seu uso.

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3º. Ajustes Nivelados


* ATENÇÃO:  ajustes e nivelamentos impróprios, ou podem causar distorções ou um sinal fraco com muitos ruídos. Eu quis em primeira mão cobrir este assunto antes de tratar de quaisquer ajustes processados individualmente, passo à passo.

" Dentre minhas experiências, esbocei abaixo o que eu acredito ser a melhor aproximação para ajustar e nivelar seu sistema de Áudio para suas Transmissões de Alta Fidelidade em SSB ( plus ! ), ou seja, o Hi-Fi SSB ".

3º.1. Passo

Ajuste o nível de entrada de MICROFONE de seu Transmissor ( ganho ) para que obtenha uma leitura própria e correta do ALC, observando suas indicações de ajuste no manual de usuário do respectivo transmissor, podendo este ajustes variarem de um equipamento para o outro, portanto, como regra geral mantenha este parâmetro de ajuste entre 10 à 15 dB aproximadamente para um bom ajuste livre de distorções e de leitura clara em seu medidor. Vale lembrar que deve oscilar no pico máximo de 15 dB os tons mais altos de sua modulação, tons estes tais como a letra " i " mencionada com certa constância " iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii " até mesmo para sua regulagem e ajuste, e de 10 à 15 dB de oscilação para sua modulação normal e compassada ( câmbios normais difundidos ao éter ).

* LEMBRE-SE:  escolha o microfone que você pretende usar para suas transmissões diárias e contínuas, podendo ser este microfone de cristal, dinâmico, eletreto ou condensador, e após telo conectado em seu transmissor faça o devido ajuste mencionado no parágrafo acima, uma vez que estiver devidamente ajustado seu ganho, NUNCA MAIS MEXA NA INTENSIDADE DE AJUSTE DE GANHO DE MICROFONE DO SEU TRANSMISSOR ; você não terá mais a necessidade de tocar ou retocar o ganho da entrada de microfone de seu transmissor ; uma vez devidamente regulado, esqueça que tal ajuste existe em seu transceptor.

3º.2. Passo

Ajuste o nível de entrada e áudio do seu microfone em seu pré-amplificador de microfone. Fale ruidosamente em seu microfone e vá ajustando seu nível de entrada de microfone em seu pré-amplificador de forma que os LED's indicadores comecem a balançar, estes indicarão à intensidade de modulação de seu microfone para seu pré-amplificador. Ajuste para 0 dB os picos ( cumes ) de modulação. TENHA CERTEZA DE QUE NUNCA EXCEDERÁ ZERO ( 0 ) dB.

Para maiores detalhes, leia  " Organização e Ajustes do Pré-amplificador de Microfone " na seção abaixo

3º.3. Passo

Ajuste o nível de saída de áudio de seu pré-amplificador de microfone. Ajuste-o para o pico ( cume ) de 0 dB. Caso você não possua medidor para lhe orientar, procure então obter leituras de um medidor mais próximo utilizado no conjunto.

Para maiores detalhes, leia  " Organização e Ajustes do Pré-amplificador de Microfone " na seção abaixo

3º.4. Passo

Ajuste os níveis restante de entrada e saída de áudio de todos seu equipamentos restantes. Continue ajustando sua cadeia auditiva aos níveis de entrada e saída ( inputs /outputs ) à 0dB ( zero ).

* ATENÇÃO:  se você está usando quaisquer dos processadores de DSP tais como o Behringer DSP1100P, então mantenha as produções digitais destes equipamentos abaixo de -6dB ou como sugeri o seu manual. As contribuições destes equipamentos deveriam ser de 0dB, porém as vezes não são.

3º.5. Passo

Você precisará derrubar o nível de intensidade em excesso da linha do microfone nivelando-a antes de injetar o áudio ao conector do microfone de seu transmissor. Isto requererá uma ATENUAÇÃO de aproximadamente - 40dB de sinal na escala, podendo ser realizado de modos diferentes como sugere as entrelinhas abaixo expressas, observe:

- reduza a produção nivelada do último processador à - 40 dB, ou ;
- compre pronto ou construa um Bloco Resistor ( trimmer ou potenciômetro de 100k ohms ) para atenuar  - 40 dB, ou ;
- se preferir, adquira um transformador de isolamento auditivo passa baixo de 12:1.


Se você estiver usando um misturador para enviar o áudio final ao transmissor, então você poderia acolchoar a produção do misturador junto com uma produção diminuída do último processador para adquirir seu corte de - 40dB.

A melhor solução é somar ao conjunto transformador de isolamento auditivo passa baixo de 12:1. Há alguns benefícios além de pouco acolchoar, dentre tais benefícios, este transformador realizaria três outras funções:

- promoveria atenuação de - 26 dB ;
- eliminaria virtualmente Ciclo de Zumbidos de 60 Hz ;
- impediria realimentações e interferências de rádio freqüência das transmissões captados pela cadeia auditiva.


A Jensen faz grandes transformadores para este propósito, seu valor é de aproximadamente $70 dólares, onde o transformador dual apelidado de caixa ISO-MAX® fica por volta de $200 dólares.

Você pode visitar à página da Jensen na internet neste link ao lado expresso:
http://www.jensen-transformers.com

3º.6. Passo

Por fim, ajuste agora o ganho de produção de volume da saída de áudio do último equipamento que você dispõe em sua cadeia auditiva e que será conduzido para a entrada do transmissor e a posterior difundido com o auxílio do medidor de intensidade de ALC de seu transmissor. Através da entrada de áudio do seu transmissor, será inserido o sinal de áudio já trabalhado ( plus ! ) que irá empurrar o ALC para sua rádio-emissão. Depois de conectar o sinal de áudio de sua cadeia auditiva na entrada de microfone, ou caso prefira diretamente ao modulador balanceado do mesmo, ajuste e nivele a produção de saída de áudio do último equipamento de sua engrenagem auditiva, ajustando assim o áudio que vai para o transmissor, de forma que o nível de ALC que foi inicialmente e devidamente ajustado no transmissor não seja mais aferido, como bem explicado na seção 3, item ( 3o.1.Passo ), donde este deverá continuar intocável, mantendo sua configuração atual, ou seja, se houver qualquer excesso de áudio, este deverá ser corrigido no ganho de saída de áudio do último equipamento da sua cadeia auditiva e nunca em seu transmissor, não se esqueça.


FONTE:
http://www.qsl.net/py2nfb/hi-fi_tx.htm

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

..::O ASSUNTO É EUDGERT::..


..::O ASSUNTO É EUDGERT::..


   GERT WALLERSTEIN, PY7ALC, faleceu em 28 de outubro de 2012, em Recife-PE, aos 80 anos de idade.

   Nosso amigo Gert Wallerstein, PY7ALC foi, sem a menor sombra de dúvidas, um dos mais brilhantes Radioamadores brasileiros. Nascido na Alemanha durante o regime nazista, sua família, que era judia, foi obrigada a sair daquele país no ano de 1936.

   Brilhante técnico em eletrônica, radicou-se em São Paulo, onde trabalhou em diversas rádios na manutenção de transmissores, mas nunca pode tirar sua licença de Radioamador devido a uma irônica condição: como ainda não era naturalizado, impedido apenas por sua menoridade civil, não contava também com a cidadania alemã, pois embora fosse natural daquele país, estava impedido da condição de cidadania, devido ao fato de ser judeu, e dessa forma, não poderia ser Radioamador.

   Enquanto aguardava a possibilidade de sua naturalização, Gert dedicou-se aos estudos de eletrônica, desenvolvendo interessantes projetos. Com apenas 13 anos de idade foi o autor de um interessante projeto de transmissor de AM de 15 Watts para as faixas de 40 ou 80 metros com uma válvula 6L6 modulando outra 6L6, que se tornou conhecido ao ser divulgado em 1949 na “lição prática nº 27” do “curso prático de radiotécnica” do famoso Instituto Monitor, e dessa forma esse transmissor acabou se tornando o equipamento caseiro mais difundido entre os Radioamadores novatos nas décadas de 1950 e 1960:


   Em 1954, quando Gert finalmente conseguiu a cidadania brasileira, montou um transmissor para a faixa de 80 metros, pois seu maior sonho era poder operar naquela banda, mas teve aí sua primeira desilusão: devido ao ciclo solar da época, a propagação para aquela faixa estava completamente fechada, e por este mesmo motivo, absolutamente abandonada.

   No ano de 1965, já em Recife-PE, fundou com outros empresários a Eudgert, para se dedicarem à produção de equipamentos de radiocomunicação. Lamentavelmente a Eudgert encerrou suas suas atividades em 1975, pois os demais sócios de Gert Wallerstein, que não eram Radioamadores, não tiveram mais interesse na continuidade das atividades.

   Um fato curioso que poucos conhecem: a Yaesu tentou comprar a Eudgert no início da década de 1970, com a intenção de transferir a produção de seus equipamentos para o Brasil, mas a burocracia brasileira impediu a realização dessa fusão.


Transceptor Eudgert Linha Ouro

Sendo uma pessoa responsável, Gert nunca se conformou com o fato dos integrados Plessey apresentarem aquele problema crônico de corrosão com o passar dos anos, e mesmo após ter se afastado de sua indústria, gastou uma pequena fortuna comprando todos os integrados que encontrou a venda na Europa, para poder repor, gratuitamente, aos seus antigos compradores do Eudgert Diamante. Prestativo, para enviar essa encomenda ele acondicionava um kit completo de integrados numa embalagem plástica de saboneteira dentro de uma caixa de papelão, para evitar que qualquer manuseio descuidado pudesse danificar aqueles raros componentes. Eu tive a honra de receber dele – gratuitamente, diga-se de passagem – a última dessas “saboneteiras” com uma série completa com os últimos integradinhos que ele conseguiu comprar – a alto preço. Ele também me confirmou ter sido humilhado por alguns colegas a quem socorreu, tendo virado motivo de chacota por ter escolhido aquela embalagem “simplória”. O problema é que naquela época ele não conseguiu opção melhor para essa finalidade, mas quem a recebeu pode confirmar que ela era perfeita, tanto é que a guardo como uma das minhas mais importantes “relíquias” da minha coleção!

Apesar de ter uma vida marcada por tragédias (ter nascido Judeu na Alemanha nazista, ter perdido a mãe no parto, se ver obrigado a abandonar o país natal devido ao antissemitismo, viver anos sem ter direito a nenhuma cidadania, passar anos esperando por uma oportunidade de poder operar nas faixas de Radioamador, ter sido trapaceado descaradamente pelos sócios pilantras), Gert Wallerstein sempre foi uma pessoa serena, prestativa, brilhante, transmitindo uma paz de espírito sem igual com quem conversava. Quem o conheceu mais proximamente, acabou se tornando amigo íntimo. Os filhos também seguiram o mesmo estilo carismático do pai, sendo que o Ludwig, que herdou não só a simpatia e o carisma do Gert, mas também a inteligência, tem hoje uma bem sucedida rede de fotocopiadoras em Recife.

De todos os grandes pioneiros da indústria de equipamentos para Radioamadores, Gert Wallerstein foi um dos mais brilhantes, mas sem a menor sombra de dúvidas, o mais carismático de todos!
Afastado do Radioamadorismo (mas de vez em quando, ligava seu Yaesu FT-747 pra corujar o pessoal), e devido às decepções e traumas que teve com o fim de sua empresa, Gert nunca mais teve contato com os equipamentos que fabricou. Ele sequer tinha cópia dos esquemas de seus próprios rádios…

Nesses últimos três meses tentei ir até Recife para entrevista-lo, pois estava escrevendo um artigo sobre a Eudgert que será publicado na próxima revista CQ Radioamadorismo, mas infelizmente ele não pode me atender, pois estava com a saúde muito fragilizada, devido a um enfisema pulmonar. O último e-mail que recebi dele foi em 06 de outubro passado, onde recebi o seguinte relato:

“Caro Adinei:
Por estar semi-hospitalizado devido a  uma pneumonia, ficarei inibido temporariamente de responder com rapidez suas mensagens.
Até breve,
Gert Wallerstein”

Até breve meu amigo! Teus brilhantes ensinamentos e teu inigualável carisma jamais serão esquecidos pelos Radioamadores brasileiros!
73,
Adinei, PY2ADN

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NÃO PODEMOS FALAR NO EUDGERT SEM MENCIONAR O DELTA


Fabricantes brasileiros de equipamentos para radioamador

Delta

   O mais conhecido de todos os fabricantes de equipamentos nacionais para radioamadores, a Delta foi fundada em 1950 por Felicíssimo de Oliveira Junior, Fernando Oliveira e Gino Pereira dos Reis e era estabelecida em São Paulo. Naquele mesmo ano importaram monoblocos da Geloso italiana, passando a produzir o Delta 208, um receptor de AM. Em seguida lançaram o receptor Delta 209, com BFO.
Produzindo seus próprios monoblocos, lançou o receptor Delta 309. O primeiro transmissor de AM foi o Delta Geloso 210, cópia do Geloso 210, com a válvula 807 na saída. Em 1962 lançaram o Transmissor Delta 310. Pouco tempo depois introduziram algumas alterações nesse transmissor, rebatizado de Delta 310-1, e pouco tempo depois, o Delta 310-II. Também foi produzida uma unidade de potência chamada Delta 370 e um amplificador linear com 4 válvulas 811, o Delta 1000. No final da década de 1960 a Delta chegou a produzir um transmissor de SSB por rotação de fase, sem filtro mecânico (muito confundido com “DSB”) para as faixas de 40, 20 e 15 metros, o Delta 340. Caro e de difícil ajuste, o projeto não foi continuado, e poucas unidades desse modelo foram produzidas como protótipos, sendo que um deles está em minha coleção.
Pelo que pesquisei o Benito Vasquez, PY2BVF tem um e o Paulo Serafini, PY3BKT tem outro. Em 1970 lançou o Delta 100, um transmissor de AM para os 80 metros e o Delta 120, um transmissor de AM e CW para os 80 e 40 metros.


Delta DBR 500


   Em 1975 a Delta lançou o Delta DBR 500, um transceptor SSB multibanda com 400 watts de potência, usando duas válvulas 6KD6 na saída, com recepção já transistorizada. Logo depois vieram os modelos DBR500 II e em 1982 o DBR550, este já com display digital incorporado. Em 1985 lançou seu primeiro radio VHF, o Delta DBR525, um transceptor sintetizado para 2 metros com memórias, subtom e 25 watts de potência. No entanto, as condições do mercado como restrição para importação de componentes eletrônicos, altos encargos sociais e trabalhistas, tributação pesada, inflação, falta de materiais no mercado nacional, dolarização dos componentes, tudo isso aliado a concorrência desleal do contrabando, que colocava no mercado via “Paraguai” equipamentos mais sofisticados por um preço infinitamente menor, a Delta viu-se obrigada a encerrar suas atividades. Pelo que se sabe, poucos exemplares do Delta DBR-525 foram produzidos, não mais que seis, na condição de protótipos. Dois desses equipamentos estão em minha coleção, um deles lamentavelmente sucateado. A Delta encerrou suas atividades em 1987. 

Eudgert 

   Fundada em 1965 por Gert Wallerstein, PY7ALC, Eudes Teixeira de Carvalho e Joaquim Guerra a Eudgert era sediada em Recife-PE e produziu transceptores multibanda SSB para as faixas de radioamador, os amplificadores lineares Ciclone 2000 e Ciclone 2000 A e também radios cristalizados de sete canais para a faixa do cidadão. Foram fabricados os seguintes modelos de transceptores:


400 A 1 – a partir de 1965, formam produzidos aproximadamente 50 peças
400 A 2 – Ouro A – produzido de 1965 a 1966 , já no formado clássico
400 A 3 – Ouro B – (com válvulas de 6 volts) produzido de 1965 a 1966
400 A 4 – Ouro C - (com válvulas de 12 volts) produzido de 1967 a 1969
400 A 5 – Diamante - (com recepção transistorizada) de 1970 a 1975
A Eudgert encerrou suas Encerrou suas atividades em 1975.

Adinei
PY2ADN

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Eudgert 

    Quando eu precisava de um esquema, era muito difícil encontrar e quando encontrava os "colegas" queriam vender o mesmo o que na minha opinião£o, fere a divulgação da Radio Comunicação e resolvi criar este site para ajudar os Amigos a conseguirem o que precisam sem cobrar nada.
Quem possuir esquemas armazenados e quiserem compartilhar, favor nos enviar e serão inseridos os devidos créditos.
Abraçoos a todos
Salles


Eudgerd Ciclone 2000 Power Supply 


Eudgerd Ciclone 2000 Linear



Eudgerd OCT Remoto



Eudgerd Ouro C


Eudgerd Fonte FF-400AC Eudgert Fil 12V 6V



Eudgerd I 6 80 40m Ouro C



Eudgerd T5 SSB 400



Eudgerd mod SSB-B 400W PEP




Eudgerd VFO Remoto Valvulado 1 de 2



Eudgerd VFO Remoto Valvulado 2 de 2 




Eudgerd Fonte FF-400AC Eudgert Fil 6.3V






ALGUNS VIDEOS






Fontes:
http://www.cram.org.br/wordpress/?p=4427
http://pxjf.blogspot.com.br/2014/12/fabricantes-brasileiros-de-equipamentos_71.html
http://propagacaoaberta.com.br/eudgert/


terça-feira, 22 de novembro de 2016

..::O ASSUNTO É SDR::..

O ASSUNTO É SDR

Panadapter com RTL-SDR para 
IC-706 / MK / MKIIG com HDSDR e OmniRig



 Boas novas pessoal, neste post irei fazer um verdadeiro “upgrade”, sobre a questão de como utilizar o RTL-SDR como Panadapter do Icom IC-706/MKII/MKIIG.
Em um post anterior, expliquei como explorar os sinais da FI de 69 MHz do Icom IC-706, porém na ocasião utilizei o software SDR# fixado na frequência de 69.015 MHz, não tendo suporte total as funcionalidades que podemos obter com SDR e o IC-706. Porém neste post vou documentar os processos, utilizando uma forma mais interessante e vantajosa, tornando a experiência entre rádio convencional e SDR ainda mais atraente.
Quais vantagens poderemos obter com a tecnologia SDR ?
A tecnologia SDR (Rádio Definido por Software), está revolucionando constantemente a forma de utilizarmos rádio, pois através de um computador, softwares e equipamentos de baixo custo, poderemos obter os mesmos resultados dos melhores e mais avançados receptores disponíveis no mercado.
Através desta tecnologia, poderemos desfrutar de uma enorme gama de recursos como filtros para limitar ou anular interferências indesejadas, possibilidade de alargar ou estreitar a banda passante de recepção ao seu gosto, recepção all-mode (todos os modos), visualização da atividade no espectro em tempo real, dentre outras funções que vão surgindo e sendo disponibilizadas gratuitamente ao longo do tempo.
Pois está tecnologia está baseada no software, e todos sabemos, os softwares estão em constante desenvolvimento, tornando assim o SDR uma tecnologia forte e viável.
Esta é uma das principais vantagens do SDR sobre um receptor tradicional, sendo que em um receptor tradicional, ficaríamos limitados ao recursos impostos pelo fabricante vitaliciamente.
Construindo o panadapter com Icom IC-706 (Hardware)
O processo de extração do sinal da terceira FI do IC-706 é extremamente simples, você precisará de um cabo fino (de preferência blindado, eu utilizei o próprio cabinho da antena que acompanha o dongle), um ferro de solda de ponta fina e estanho.
“Se você não possuí conhecimento mínimo em eletrônica e não tem habilidades com ferro de soldar, certamente peça a um técnico capacitado, pois o procedimento feito de forma incorreta poderá causar danos irreparáveis ao seu equipamento, portanto faça por sua conta e risco”.
Abaixo disponibilizei o ponto do qual deve ser extraído o sinal, o vivo deve ser soldado em uma anilha existente no ponto citado e a malha deve ser soldada na blindagem do filtro disponível ao lado.
Com o processo de alteração do equipamento finalizado, recomendo também essas modificações documentadas na imagem abaixo.
  1. Utilizar um filtro de ferrite para evitar interferências
  2. Remover o terra do extensor USB, da conexão que irá acoplada ao dongle, com o intuito de diminuir ainda mais a interferência gerada pelo computador. Deixando somente o 4 terminais do USB em contato com o dongle.
ferrite
Pronto está finalizada a parte de transporte do sinal da FI para a entrada de antena do dongle, vamos agora a parte de comando CI-V.
Interligando o IC-706/MK/MKIIG ao computador através de uma interface CI-V
Para que possamos interligar as funcionalidades do rádio ao computador é necessário que utilizemos a saída CI-V (Command Interface), é um simples interface que proporciona a possibilidade de enviar comandos do computador para o rádio e vice-versa.

Neste tutorial a função desta interface seria manipular a frequência de recepção do rádio forçando a FI a se deslocar até a frequência sintonizada. Com a interface CI-V podemos alterar a frequência do IC-706/MK/MKIIG diretamente do software SDR, sem a necessidade de intervirmos no dial físico do rádio.
Não irei aprofundar no processo de construção desta interface, pois o projeto da mesma pode ser encontrado com facilidade na internet.
Inclusive a interface que vou utilizar, é uma interface comercial com suporte a USB, que pode ser facilmente adquirida no ebay ou aliexpress, e custa em torno de US$ 11,00. Em alguns casos é mais vantajoso comprar uma interface, do que efetuar a construção da mesma.
Interface CI-V USBInterface USB CI-V de baixo custo, pode ser adquirida no eBay ou AliExpress
A ligação da interface CI-V é simples localize no painel traseiro de seu rádio um conector P2 que está ao lado do conector RJ45 MIC, ligue a outra extremidade na porta USB do computador. Conforme esquema abaixo:
civ-esquema
“Verifique o manual de instruções de seu equipamento como configurar a interface CI-V, caso ela esteja desabilitada ou desconfigurada.”
Diagrama de funcionamento / Instalação e configuração dos softwares
Segue abaixo o diagrama de funcionamento, demonstrando a teoria de funcionamento do projeto.
diagrama pandapter
Segue abaixo os softwares, para a conclusão do panadapter e seus respectivos links para download. Certifique-se de deixar o RTL2832 instalado com os drivers Zadig utilizados no SDR#.
  1. HDSDR – Responsável por gerenciar o rtl-sdr e interface gráfica do SDR, para baixá-lo clique aqui, também é necessário baixar a DLL ExtIO, responsável por interfacear o rtl-sdr no software HDSDR, veja um pdf explicando todo o processo de download e configuração clicando aqui.
  2. OmniRig – Encarregado de prover comunicação com o IC-706 via interface CI-V, também será o nosso host para que o HDSDR envie comandos ao IC-706. Para baixá-lo clique aqui.
Segue abaixo um vídeo contendo os processos de configuração e os testes finais.


FT 450



ONDE ENCONTRAR O RECEPTOR SDR


PARA BAIXAR O SOFTWARE E DRIVE SDR

..::MANUAL DO DX::..

MANUAL DO DEXISTA INICIANTE SEGUNDA EDIÇÃO 
Janeiro de 2015 
Escrito por: BRYCE K. ANDERSON, K7UA 
Tradução e adaptação: João Roberto S. G. Ferreira, PY2JF 
Revisão: Barbara Gândara Ferreira, PY2BAH

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

..:: FALANDO DE BALUN ::..

BALUN

Por PY4ZBZ  em 25-02-2007  rev. 29-09-2008

Definições:
O BALUN é um dispositivo que permite interligar um circuito BALANCEADO a um circuito DESBALANCEADO ou vice-versa. Em inglês: "BALANCED" e "UNBALANCED", donde o nome BALUN.


 No texto seguinte, a palavra "terra" (entre aspas) se refere a um ponto comum de referencia de potencial, que pode ser a própria terra, ou qualquer outro condutor ou massa condutora usada como referencia de potencial, como  por exemplo, chassis de um equipamento ou blindagem de um cabo coaxial, mesmo que não ligados eletricamente à terra.

Circuito BALANCEADO:
Um circuito elétrico é balanceado quando os seus dois condutores (ida e retorno) ou terminais, tem potencial (tensão) simétricos (Vb eVb' na figura acima) em relação ao "terra", ou seja, cada terminal tem instantaneamente o mesmo potencial do outro, em relação ao "terra", e com sinal trocado. Por exemplo, se num determinado instante um terminal tem +10 V em relação ao "terra", o outro terá  -10 V. A tensão que interessa mesmo é a diferença entre Vb e Vb', chamada tensão diferencial Vd. A média entre Vb e Vb' deve ser zero e é chamada de tensão em modo comum. O nome balanceado é por analogia a balança de pratos, onde um deles está sempre em posição simétrica em relação ao outro, com referencia a horizontal. E ainda, num circuito balanceado, os dois condutores ou componentes do circuito são sempre idênticos, apresentando as mesmas característica elétricas, como capacitâncias em relação ao "terra", etc...Um exemplo de circuito balanceado é a antena dipolo de meia onda com alimentação no centro. Num circuito balanceado, nenhum dos dois terminais pode ser conectado ao "terra" (sem algum prejuízo ao seu correto funcionamento), pois ambos tem tensão em relação ao "terra". Um secundário de transformador com derivação central ligada ao "terra", é outro exemplo de circuito balanceado: os dois extremos do enrolamento tem sempre tensões iguais e com sinais opostos em relação ao "terra". Outro exemplo de circuito balanceado é a linha bifilar de transmissão, onde os dois condutores são idênticos e isolados da terra.

Circuito DESBALANCEADO:
O circuito desbalanceado se caracteriza por ter um dos terminais (ou condutores) ligado ao "terra", sendo que apenas um dos condutores tem tensão (Vu na figura acima) em relação ao "terra". Os dois condutores (ida e retorno) de um circuito elétrico desbalanceado são diferentes, sendo geralmente um deles (retorno) é a "massa", chassis, blindagem, ou plano terra do circuito. Um exemplo de circuito desbalanceado é o cabo coaxial, que é feito com dois condutores diferentes, o interno e a blindagem. A blindagem, mesmo que não ligada à terra, serve de referencia de potencial para o condutor interno. Somente o condutor interno tem potencial em relação ao "terra", a blindagem não (em condições normais). A maioria dos circuitos eletrônicos comuns, como amplificadores, osciladores, etc..., são circuitos desbalanceados (embora possam ser realizados de forma balanceada, ao custo de necessitarem o dobro de componentes).

Não vou explicar aqui as vantagens e desvantagens de circuitos balanceados e desbalanceados, pois são muitas e dependem da aplicação. Um exemplo típico de uso de balun é para ligar uma antena dipolo de meia onda comum (que é um circuito balanceado) a um cabo coaxial (que é um circuito desbalanceado). Quando se faz esta conexão sem uso de balun, haverá uma circulação de corrente extra na blindagem do cabo, devido ao potencial existente nos dois terminais do dipolo, o que causa  uma serie de efeitos (as vezes prejudiciais) como a irradiação pelo próprio cabo coaxial, o que deforma o diagrama de radiação da antena, entre outros.
Na pratica, existem muitas de formas de fabricar um BALUN, como por exemplo, o uso de transformadores banda larga com núcleo a ar ou de ferrite, circuitos sintonizados acoplados e tocos de cabos coaxiais (e outros ainda). Os dois últimos exemplos tem a desvantagem de funcionar em apenas uma banda  estreita de freqüências.


Exemplos de BALUN feitos com tocos de cabos coaxiais.

Um BALUN muito usado é o 1 para 4 (ou 4/1). Esta relação de 1/4 ou 4/1 se refere ao fato de que, além da função obvia de BALUN, ainda funciona como transformador de impedância, transformando a impedância do lado desbalanceado em outra 4 vezes maior do lado balanceado, ou ainda, transforma a impedância do lado balanceado em outra 4 vezes menor do lado desbalanceado. A figura seguinte mostra o circuito correspondente:


Se for feito com cabos com Zo (impedância característica) de 50 ohms, apresentará 50 ohms do lado desbalanceado e 200 ohms do lado balanceado. Se for feito com cabos de 75 ohms, transformará 75 em 300 e vice-versa. Observe que do lado balanceado não tem conexão nenhuma com terra ou as blindagens dos cabos. Veja uma foto desse tipo de balun aqui.

A figura seguinte mostra um circuito que é realmente apenas BALUN, pois não causa nenhuma transformação de impedância, donde o apelido 1/1:



Novamente, se os cabos usados tiverem impedância característica Zo de 50 ohms, o BALUN permitirá ligar um circuito balanceado de 50 ohms a um circuito desbalanceado de 50 ohms. Se forem de Zo = 75 ohms, os circuitos também deverão ser de 75 ohms.
Como foi mencionado anteriormente, a desvantagem desse tipo de realização pratica de balun, com tocos de cabo coaxial, é que funciona apenas numa faixa estreita de freqüências, da ordem de 5% da freqüência central de projeto, pois o comprimento dos tocos de cabo depende da freqüência.
Veja aqui um artigo sobre o funcionamento dos baluns mencionados anteriormente.

Calculo dos comprimentos dos cabos.

Os BALUNs acima requerem cabos com 1/4 e 3/4 de onda de comprimento elétrico para o BALUN 1/1 e de 1/2 onda de comprimento elétrico para o BALUN 1/4. 
 Como transformar comprimento elétrico de um cabo para comprimento físico ?
É simples: É sabido que o comprimento de uma onda eletromagnética no vácuo ou no ar é igual a velocidade da luz dividida pela freqüência da onda. Com a freqüência F em megahertz (MHz), teremos o comprimento da onda em metros usando a formula seguinte:
comprimento de onda no ar (em metros) = 300 / F (MHz)
Portanto:
3/4 de comprimento de onda no ar = 225 / F     (pois 3/4 de 300 = 225)
1/2 comprimento de onda no ar = 150 / F     (pois 1/2 de 300 = 150)
1/4 de comprimento de onda no ar = 75 / F     (pois 1/4 de 300 = 75)
Repetindo: comprimento em metros e freqüência em MHz.
Como a velocidade de propagação num cabo coaxial, com isolante diferente do ar, é menor que a velocidade da luz, temos que multiplicar o comprimento no ar pelo fator de velocidade do cabo para termos o comprimento da onda no cabo. Por exemplo, o fator de velocidade do cabo RG58 é de 0,67, ou ainda, é 67% da velocidade da luz. Cabos com isolante do tipo "celular", que é uma mistura de polietileno com ar, esse fator é de 0,81 ou 81% da velocidade da luz. O fator de velocidade é fornecido pelo fabricante do cabo, e é devido UNICAMENTE ao isolante existente entre condutor interno e a blindagem.
Então temos:
Comprimento físico do cabo = 
comprimento elétrico x comprimento da onda no ar x fator de velocidade do cabo.
Exemplos:
Vamos calcular o comprimento físico dos cabos usados nos BALUNs acima, para a freqüência de 146 MHz e cabo RG58, com fator de velocidade de 67%:
Cabo de 1/4 de onda:  0,67 x 75 / 146 = 0.344 m ou 34,4 cm
Cabo de 1/2 onda:  0,67 x 150 / 146 = 0,688 m ou 68,8 cm
Cabo de 3/4 de onda:  0,67 x 225 / 146 = 1,03 m ou 103 cm
A titulo de comparação: o comprimento da onda de 146 MHz é de 300/146=2,05 metros no ar.

BALUN tipo bazooka ou sleeve.
Este BALUN é mais pratico de ser construído para VHF e UHF, Consiste em colocar o cabo coaxial, do lado do dipolo, dentro de um tubo de metal, com 1/4 de comprimento de onda, cuja extremidade oposta ao dipolo é ligada à blindagem do cabo coaxial, como mostra a figura seguinte:



Deve existir um espaço de ar entre o cabo e a parede interna do tubo. O diâmetro interno do tubo deve ser pelo menos o dobro do diâmetro externo  do cabo coaxial. O tubo deverá ter 1/4 de comprimento de onda no ar. O cabo deve ficar bem centrado dentro do tubo e sem nenhum contato elétrico com o tubo, exceto do lado onde é ligado a blindagem do cabo. Obviamente, esse BALUN também é de banda estreita e não causa transformação de impedância. O tubo forma, junto com a blindagem do cabo coaxial, um cabo coaxial de 1/4 de onda. Como um lado está em curto, o outro tem impedância infinita, bloqueando assim a corrente de modo comum.



Exemplos de BALUN banda larga feitos com transformadores.

A figura seguinte é um exemplo de BALUN 1/1 , banda larga, com núcleo de ar, para ondas curtas. Os 3 enrolamentos devem ter o mesmo numero de espiras, para que não haja transformação de impedancia:

Para as bandas de 20 até 10 metros, cada enrolamento tem 10 espiras, como mostrado na figura acima, com três cores diferentes, formando um enrolamento trifilar. A forma da bobina é um tubo de PVC de 25 a 40 mm de diâmetro. Para operar a partir de 80 metros, cada enrolamento terá 15 espiras. O diâmetro do fio isolado não é crítico, desde que suporte a corrente proporcionada pela potencia do sinal TX.

A figura seguinte é um exemplo de BALUN 4/1 , banda larga, para ondas curtas, com núcleo toroidal de ferrite:
Esse balun pode ser montado também na forma trifilar para ser 1/1, usando o mesmo esquema do balun 1/1 anterior, mas com o numero de espiras da tabela acima, para cada enrolamento, de acordo com a potencia máxima suportada pelo núcleo.


BALUN banda larga tipo choque.
O BALUN seguinte é feito com o próprio cabo coaxial que alimenta a antena, e deve estar situado próximo a antena. A indutância criada pelo enrolamento feito com o cabo impede (ou reduz) a corrente de modo comum que circularia na blindagem do cabo na ausência do BALUN :
O BALUN é uma bobina feita com o próprio cabo, com diâmetro da ordem de 10 cm para cabos finos com RG58 e da ordem de 15 cm para cabos grossos com o RG213. Para operar de 3,5 a 30 MHz, bastam 10 espiras. Acima de 14 MHz, bastam 8 espiras. Pode ser usado também em VHF, fazendo uma bobina helicoidal de 5 espiras sobre um cilindro isolante com o menor diâmetro possível para não forçar muito o cabo.

O que é corrente de modo comum ?
Vamos analisar o caso especifico de um dipolo alimentado por um cabo coaxial. 
Num cabo coaxial corretamente terminado por uma carga desbalanceada, a corrente do condutor interno (ida) é igual a corrente na blindagem (retorno) mas com sentido (ou polaridade) trocado. A soma algébrica destas duas correntes é zero. A média destas duas correntes é chamada de corrente de modo comum, e num cabo coaxial devidamente terminado, deve ser zero. Como as duas correntes são iguais e opostas e concêntricas, o cabo não gera nenhum campo magnético na parte externa à blindagem, portanto não irradia.
Mas quando o cabo coaxial é ligado a um dipolo. esta soma não é mais zero, devido a uma corrente extra na blindagem do cabo. Como o dipolo é um circuito balanceado e simétrico, ele tende a desenvolver tensões simétricas em relação a terra no seus dois terminais, devido as capacitâncias dos dois lados do dipolo em relação à terra (entre outros fatores) e que formam um divisor capacitivo. Como o cabo coaxial está aterrado no lado inferior (lado do transmissor), a tensão existente em relação à terra, na metade do dipolo ligada à blindagem, fará circular uma corrente extra nesta blindagem (além da corrente já existente). Esta nova corrente será limitada pela impedância apresentada pela blindagem do cabo todo. Agora a média entre a corrente do condutor interno e a corrente na blindagem não é mais zero, portanto temos uma corrente de modo comum. E portanto o cabo gera campo magnético na parte externa a blindagem, ou seja, passa a irradiar, o que não é desejável.